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THE COSMOSAMATICS

Ciclo "Jazz ao Centro – Encontros Internacionais de Jazz"
Centro de Artes e Espectáculos, Figueira da Foz, 14 de Agosto de 2003
16 de agosto de 2003, 22:30 horas
Aprox. 120 personas / pessoas

Músicos:

  • Michael Marcus: saxofone barítono e soprano / saxos barítono y soprano
  • Sonny Simmons: saxofone alto e corne inglês / saxo alto y corno inglés
  • Emil Ram: contrabaixo / contrabajo
  • Larry Hancock: bateria / batería

Resenha - Reseña 

Portugués: João Pedro Viegas

Español: João Pedro Viegas - traducción: Diego Sánchez Cascado


Resenha: O que dizer deste espectáculo dos Cosmossamatics, no ultimo dia 14 de Agosto, na Figueira da Foz? A verdade!

E a verdade é que este concerto foi mau de mais para ser verdade. Tudo por causa de dois graves erros de casting do saxofonista Michael Marcus, líder da formação variàvel The Cosmossamatics.

Quer Emil Ram, quer Larry Hancock, não têm competência para tocar a este nivel. Nem a este nem a outro muito mais modesto, pois revelaram falta de técnica, falta de inspiração e falta de responsabilidade para aceitarem um convite de um músico que tocou com eles à vinte anos, e que tinha deles, obviamente, um outro tipo de recordações. O desapontamento em palco e nos ensaios, dos músicos Sonny Simmons e Michael Marcus, era evidente. Mas o que é que se podia fazer?

É incrivel, que nem na interpretação dos standards "Body and Soul" e "Round About Midnight" eles conseguiram fazer o acompanhamento. Não faz sentido que, com tantos e tão bons músicos se vão escolher estes dois.

Michael Marcus esteve sofrivel, quer no barítono, quer no soprano, mas mais não se poderia esperar com tão "ilustre" acompanhamento. Não há motivação e profissionalismo que aguente tamanha incapacidade. Esboçou bons solos, tocou seguro, mas a sua intensa discografia diz que é capaz de muito mais, pois é um dos mais brilhantes saxofonistas da Big Apple.

O que foi dito para Michael Marcus, aplica-se na perfeição para Sonny Simmons, com a agravante de o seu passado suscitar ampla curiosidade. Não é todos os dias que se pode ouvir um músico que tocou com monstros sagrados do Jazz como Eric Dolphy, Albert Ayler, Noah Howard e Frank Lowe, só para citar alguns. Aliás, a obra de Sonny Simmons, de per si, permite colocar o saxofonista ao nível dos supra citados. Mas o grande Simmons está claramente fora de forma, esteve desinspirado e muito abaixo daquilo que, aínda hoje, pode fazer. Chegou a indicar ao baixista, durante a apresentação, onde deveria colocar as mãos no contrabaixo. Mas atenção! Apesar de toda esta desilusão, o ataque ao instrumento e o timbre do seu alto estiveram cá. São unicos e rápidamente reconheciveis. Mas é pouco!

Uma ultima nota para o público, que foi mais uma vez insuficiênte nesta sala. Na nossa opinião deverá ser motivo de reflexão para os admnistradores do excelente auditório do Centro de Artes e Espectáculos da Figueira da Foz. É do nosso conhecimento que, também no cixlo de vozes, que contou com a presença de três grandes cantoras (Laverne Buttler, Carla Cook e Renée Marie), a sala teve audiências médias de 80 espectadores. Terá alguma coisa a ver com o facto de só ser possivel comprar bilhetes no próprio auditório? A nós parece-nos que sim.

João Pedro Viegas


Comentario: ¿Qué decir de este espectáculo de Cosmosamatics, el día 14 de agosto, en Figueira da Foz? ¡La verdad!

Y la verdad es que este concierto fue demasiado malo para ser verdad. Todo debido a dos graves errores de cásting del saxofonista Michael Marcus, líder de la formación variable The Cosmosamatics.

Ni Emil Ram, ni Larry Hancock tienen la competencia suficiente para tocar a este nivel. Ni a este ni a otro mucho más modesto, ya que revelaron falta de técnica, falta de inspiración y falta de responsabilidad por aceptar la invitación de un músico que tocó con ellos hace veinte años y que, obviamente, tenía de ellos otro tipo de recuerdos. La decepción sobre el escenario y durante los ensayos de Sonny Simmons y Michael Marcus era evidente. ¿Pero qué se podía hacer? Es increíble que ni siquiera en la interpretación de los standards "Body and Soul" y "Round About Midnight" consiguieran realizar el acompañamiento. No tiene sentido que con tantos y tan buenos músicos fuesen escogidos estos dos.

Michael Marcus estuvo soportable, tanto al barítono como al soprano, pero no se podía esperar más con tan "ilustres" acompañantes. No hay motivación ni profesionalismo que aguante tamaña incapacidad. Esbozó buenos solos, tocó con seguridad, pero su intensa discografía indica que es capaz de mucho más, ya es uno de los más brillantes saxofonistas de la Gran Manzana.

Lo que acabamos de decir para Michael Marcus, se aplica a la perfección a Sonny Simmons, con el agravante de que su pasado suscita una gran curiosidad. No todos los días se puede oír a un músico que ha tocado con monstruos sagrados del jazz como Eric Dolphy, Albert Ayler, Noah Howard o Frank Lowe, por citar tan sólo a algunos. Además, la obra de Sonny Simmons, de por sí, permite situar al saxofonista al nivel de los antes mencionados. Pero el gran Simmons está claramente fuera de forma, estuvo falta de inspiración y muy por debajo de lo que, incluso hoy, puede hacer. Llegó incluso a indicar al bajista, durante el concierto, dónde debía colocar las manos en el contrabajo. Pero a pesar de toda esta desilusión, la forma de atacar el instrumento y el timbre de su alto estuvieron presentes. Son únicos y rápidamente reconocibles. ¡Pero es poco!

Un último comentario sobre el público, que una vez más fue insuficiente para esta sala. En nuestra opinión deberá ser motivo de reflexión para los gestores del excelente auditorio del Centro de Artes y Espectáculos de Figueira da Foz. Sabemos que, también en el ciclo de voces, que contó con la presencia de tres grandes cantantes (Laverne Buttler, Carla Cook e Renée Marie), la sala tuvo una afluencia media de 80 espectadores. ¿Tendrá algo que ver con el hecho de que sólo es posible comprar localidades en el propio auditorio? Nosotros creemos que sí.

João Pedro Viegas Traducción por Diego Sánchez Cascado