JOÃO
PAULO + CLAUDIO PUNTI
- Fecha: 13 fevereiro 2004 / 13 de febrero de 2004
- Lugar: Teatro Nacional São João
- Hora: 22:00 horas
- Asistencia: 100 pessoas aprox. / 100 personas
aprox.
- Componentes:
João Paulo (piano)
Claudio Punti (clarinetes)
Spectrum
Spectrum
Resenha - Reseña
Portugués: João Pedro Viegas
Español:João Pedro Viegas - traducción:
Diego Sánchez Cascado
Spectrum
- Música de Câmara Improvisada
Este Spectrum, ciclo de música de câmara
improvisada, que se realizou no lindíssimo Teatro Nacional
São João, Porto, pretendeu dar a oportunidade a
músicos portugueses de apresentarem projectos seus com
convidados internacionais.
O formato eleito foram as pequenas formações acústicas
que apresentam música improvisada das mais diferentes proveniências.
Desde a nova música improvisada ao jazz, passando pela
música contemporânea.
Este ciclo é o culminar de um processo evolutivo da nova
música Portuguesa, que tem vindo a crescer nos últimos
anos e desta mostra se conclui, que o prestígio granjeado
por muitos dos nossos músicos fora de portas permite que
se apresentem em Portugal acompanhados pelos maiores improvisadores
do planeta.
Aqui fica o programa:
05 de Fevereiro
Carlos Zíngaro
+Wilbert de Joode
+Dominique Regef
06 de Fevereiro
Telectu
(Jorge Lima Barreto e Vítor Rua)
+Gerry Hemingway
07 de Fevereiro
João Paulo
+Carlos Zíngaro
+Rodrigo Amado
12 de Fevereiro
Carlos Barreto
+François Courneloup
+François Merville
13 de Fevereiro
João Paulo
+ Claudio Punti
14 de Fevereiro
Rodrigo amado
+ Kent Kessler
+ Paal Nilssen-Love
Podemos dizer em traços gerais, do que
vimos e do que nos contaram, que a programação do
comissário Pedro Santos foi acertada, tendo sido este Spectrum
um sucesso a todos os níveis. Espera a Tomajazz que este
projecto pioneiro encontre eco junto de quem o pode apoiar e que
seja o primeiro de muitos ciclos de música de câmara
improvisada que muita falta fazem, quer à cidade do Porto
quer ao país.
Seguem resenhas dos concertos de João
Paulo+Claudio Punti e Rodrigo Amado+Kent Kessler+Paal Nilssen-Love.
João Pedro Viegas
Spectrum -
Música de Cámara Improvisada
Spectrum, ciclo de música de cámara
improvisada que tuvo lugar en el precioso Teatro Nacional São
João de Oporto, quiso ofrecer la oportunidad a músicos
portugueses de presentar sus propios proyectos con invitados internacionales.
El formato elegido fueron las pequeñas formaciones acústicas
que presentan una música improvisada de las más
diversas procedencias. Desde la nueva música improvisada
al jazz, pasando por la música contemporánea.
Este ciclo es la culminación de un proceso evolutivo de
la nueva música portuguesa, que se ha desarrollado en los
últimos años, y de esta muestra se puede concluir
que el prestigio alcanzado por muchos de nuestros músicos
fuera del país permite que se presenten en Portugal acompañados
por los mayores improvisadores del planeta.
Este fue el programa:
5 de febrero
Carlos Zíngaro
+Wilbert de Joode
+Dominique Regef
6 de febrero
Telectu
(Jorge Lima Barreto y Vítor Rua)
+Gerry Hemingway
7 de febrero
João Paulo
+Carlos Zíngaro
+Rodrigo Amado
12 de febrero
Carlos Barreto
+François Corneloup
+François Merville
13 de febrero
João Paulo
+ Claudio Punti
14 de febrero
Rodrigo amado
+ Kent Kessler
+ Paal Nilssen-Love
A grandes rasgos, podemos decir que, de lo que pudimos ver y
de lo que nos contaron, la programación del comisario Pedro
Santos fue acertada y que Spectrum fue un éxito a todos
los niveles. Desde Tomajazz esperamos que este proyecto pionero
encuentre eco entre aquellos que puedan apoyarlo y que sea el
primero de muchos ciclos de música de cámara improvisada
que mucha falta hacen, bien en la ciudad de Oporto o en cualquier
otro lugar del país.
A continuación figuran las reseñas de los conciertos
de João Paulo+Claudio Punti y Rodrigo Amado+Kent Kessler+Paal
Nilssen-Love.
João Pedro Viegas
traducción por Diego
Sánchez Cascado
-
Resenha:
Foi uma grande surpresa aquela que nos estava destinada
nesta noite. Já conhecíamos algum do trabalho
realizado pelo João Paulo, quer no duo com a cantora
Paula Oliveira quer ainda no excelente “As sete colinas
de Lisboa”, com a companhia de Paulo Curado no saxofone
e Bruno Pedroso na bateria, ambos editados pela editora portuguesa
“Clean Feed”. Mas de Claudio Punti não
tínhamos a mais pequena referência.
Terá sido a audição de um disco de Claudio
Punti com a violinista e cantora Gerdur Gunnarsdottir (“Yir”),
baseado nas lendas e no folclore islandês, que terá
entusiasmado João Paulo a convidar o clarinetista a
colaborar com ele num projecto de música improvisada.
Sabendo-se do respeito e admiração que o pianista
português tem pela música tradicional, não
é de admirar que tenha pretendido este tipo de colaboração.
João Paulo é um músico singular. É
um pianista orgânico e poderoso mas integra na sua linguagem
um lirismo acentuado que não é comum aos pianistas
que têm uma ligação física forte
com o instrumento. Dissemos anteriormente que tinha muito
respeito pelas formas mais tradicionais e populares da musica
e acrescentamos agora que integra muita da iconografia da
musica popular portuguesa no seu fraseado, contudo integra
todas estas influencias tendo como linguagem aglutinadora
o Jazz.
Claudio Punti, cidadão Suíço, de origem
Italiana mas que se fala Alemão, é um clarinetista
que se expressa lindamente no clarinete e no clarinete baixo.
A sua música colou lindamente com a de João
Paulo, uma vez que a tornava completa pelo oposto. Passamos
a explicar; à postura mais séria e solene do
pianista contrapunha o soprador com uma postura descontraída
e, sobretudo, com uma música alegre e bem disposta.
Para dar um exemplo entre as duas faces do espectáculo
diria que João Paulo representava a nostalgia do fado
e Claudio Punti a alegria do tirolês. Não que
os exemplos tenham alguma coisa a ver com o que realmente
se passou mas pretendem ser tão só ilustrações
da postura dos dois músicos.
Usando assim alguma da linguagem jazzistica, pouco perceptível
no resultado final da música apresentada, o duo apresentou
uma série de composições espontâneas,
de influência global, sem amaras a qualquer movimento
ou estilo. Pelo palco do São João desfilaram
momentos musicais belíssimos, ora enérgicos
ora pastorais que tiveram do publico presente a resposta adequada.
Terá sido este espectáculo um dos que fez verdadeiramente
jus ao anúncio do ciclo – ouvimos verdadeira
música de câmara improvisada, e que bem nos soube.
João Pedro
Viegas
-
Comentario:
Fue una gran sorpresa la que tuvimos esta noche. Ya conocíamos
algún trabajo realizado por
João Paulo,
tanto el dúo con la cantante
Paula Oliveira
como el excelente “
As sete colinas de Lisboa”,
con la compañía de
Paulo Curado
al saxo y
Bruno Pedroso a la batería,
ambos publicados por el sello portugués Clean Feed.
Pero de
Claudio Punti no teníamos
la más mínima referencia.
La escucha de un disco de
Claudio Punti con
la violinista y cantante
Gerdur Gunnarsdottir
(“
Yir”), basado en las
leyendas y en el folclore islandés, entusiasmó
a
João Paulo y le llevó a invitar
al clarinetista a colaborar con él en un proyecto de
música improvisada. Sabiendo el respeto y admiración
que el pianista portugués tiene por la música
tradicional, no es sorprendente que haya buscado este tipo
de colaboración.
João Paulo es un músico singular.
Es un pianista orgánico e poderoso pero integra en
su lenguaje un lirismo acentuado que no es común en
los pianistas que tienen una fuerte relación física
con su instrumento. Decíamos con anterioridad que tenía
un gran respeto por las formas más tradicionales y
populares de la música y ahora añadimos que
incorpora buena parte de la iconografía de la música
popular en su fraseado; sin embargo integra todas estas influencias
dentro del lenguaje aglutinador del jazz.
Claudio Punti, ciudadano suizo de origen
italiano pero que habla alemán, es un clarinetista
que se expresa muy bien tanto con el clarinete como con el
clarinete bajo. Su música combinó de una forma
muy bella con la de
João Paulo, ya
que la completaba por el extremo opuesto. Pasamos a explicarlo:
a la actitud más seria y solemne del pianista, el soplador
contraponía una actitud relajada y, sobre todo, una
música alegre y positiva. Para dar un ejemplo entre
las dos caras del espectáculo, diría que
João
Paulo representaba la nostalgia del fado y
Claudio
Punti la alegría de los cánticos tiroleses.
No es que estos dos ejemplos tengan algo que ver con lo que
realmente se escuchó, pero pretenden tan sólo
ilustrar la actitud de ambos músicos.
Así, utilizando algunos lenguajes propios del jazz,
poco perceptibles en el resultado final de la música
presentada, el dúo ofreció una serie de composiciones
espontáneas, de influencia global, sin referencias
a ningún movimiento o estilo. Sobre el escenario del
Teatro São João desfilaron momentos musicales
bellísimos, tanto enérgicos como pastorales,
que obtuvieron del público presente la respuesta adecuada.
Fue un espectáculo que hizo verdadera justicia a lo
que anunciaba el ciclo: escuchamos verdadera música
de cámara improvisada y qué bien nos supo.
João Pedro
Viegas traducción por
Diego
Sánchez Cascado